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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Batidas




O meu coração se embala num ritimo inexistente, que ecoa suave em todo o ambiente por eu estar num espaço vazio e oco. E as vezes, bem lá no fundo eu posso jurar que ouço a sua voz rouca me sussurrar juras de amor, que me fazem tremer de dor. Porque dói te ter só aqui dentro, e saber que você estar por ai, livre como um pássaro. Essa é sua condição e eu não aceitei, tudo bem, eu até me arrependo. Mas ainda assim me sinto tonta e desolada ao perceber que tem que ser assim, você a mil por hora, com o vento batendo nos cabelos, e eu parada, desesperada e preocupada. Essa é a ordem natural das coisas e não pode ser alterada, se não dar curto-circuito e eu não vou suportar outro choque.
As vezes eu tento buscar abrigo nas notas sonoras que circulam abertamente por minhas veias; e as vezes eu procuro origem nas histórias decepcionantes. Pois a vida real, meu bem , nunca termina com "felizes para sempre", ao menos não quando envolve amor no meio.

Na verdade eu já desisti, cada sorriso que brota no meu rosto é automático e sem um fundo de sentimentos. Afinal, a cada batida e cada rima do meu coração permanentemente grogue eu me desiludo com esse mundo. O mundo que te levou de mim, e é humilhante saber que ele te faz mais feliz que eu, que sempre te quis.

1 comentaram. Comenta amado(a) ? Please...:

Unknown disse...

AMEEI.
você anda escrevendo cada vez melhor!
:)
parabéns, moça.